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O impacto invisível do lixo orgânico: por que compostar é uma urgência

Quando falamos em resíduos urbanos, o plástico costuma liderar a conversa. Mas há um tipo de lixo que, embora menos visível, gera impactos profundos: o resíduo orgânico.

No Brasil, mais da metade do lixo domiciliar é composta por resíduos orgânicos — restos de alimentos, cascas, folhas, entre outros materiais biodegradáveis. Grande parte desse volume ainda é enviada para aterros sanitários ou, pior, para lixões a céu aberto. O problema não está apenas no desperdício. Está no metano que esses resíduos geram quando se decompõem sem oxigênio — um gás com impacto climático cerca de 80 vezes maior que o CO₂ em 20 anos, segundo o IPCC.

Compostagem: mais do que opção, uma necessidade

A compostagem não é apenas uma tendência — é uma resposta urgente. Ela transforma resíduos orgânicos em adubo, alivia aterros e reduz emissões.

  • Nova York se tornou caso emblemático em março de 2025 ao tornar obrigatória a compostagem, com multas para quem descumprir a regra.

  • No Brasil, cidades como Florianópolis têm se destacado com políticas avançadas de compostagem domiciliar — como mostrado no blog Florianópolis: a primeira cidade Lixo Zero do Brasil

Barreiras que ainda persistem

Apesar do progresso, ainda existem obstáculos:

  • Infraestrutura de coleta ainda insuficiente em muitas cidades

  • Baixa conscientização sobre separação do resíduo orgânico

  • Barreiras culturais e decisão pública que atrasam investimentos

Gestão de resíduos com inteligência e dados

Somente com dados reais e controle digital isso muda. Vem daí a importância de:

  • Ferramentas que quantifiquem volumes orgânicos

  • Sistemas integrados com coleta seletiva e compostagem

  • Políticas de incentivo à compostagem por parte de empresas e governos

Se você se interessa por estratégias mais amplas, confira também nosso blog O impacto financeiro e ambiental da má gestão de resíduos no Brasil

 

Compostar é planejar o futuro

A compostagem transforma um problema invisível em solução concreta — reduzindo emissões e integrando circularidade urbana. O lixo orgânico só é invisível até que o impacto se torne incontrolável.

 

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